quinta-feira, 26 de julho de 2012

A nova estrutura familiar pode se tornar uma causa de INSUCESSO PROFISSIONAL?

Em meu último texto falei sobre ser um TALENTO para as empresas e como a educação formal, a capacitação, em outros casos a origem social e financeira podem contribuir para o sucesso profissional.

Acompanho alunos do ensino fundamental II e do ensino médio que possuem difilculdades na escola. Na maioria das vezes a culpa é da matemática ou do português ou da escola como um todo.

Mas o que concluo, apenas como obervadora, é que a sociedade ainda não está preparada para as novas famílias – mãe e filho,  pai e filho, pais e filho, mães e filho, avó, padrasto, madastra, meio-irmão, enfim esta gama de parentescos que foge daquilo que chamamos de padrão – pai, mãe e filhos.

Antes que os defensores da liberdade social e da diversidade me critiquem quero esclarecer que também fui criada apenas por minha mãe, que no caso ficou viúva cedo. Nenhum casamento pode se manter apenas pelos filhos e escolha sexual faz parte da vida do indivíduo.

Como já disse, estando no lugar de observadora, vejo pré-adolescentes e adolecentes inseguros, inconscientemente negligenciados ou superprotegidos e que não conseguem se desenvolver satisfatoriamente como estudantes e até como pessoa.

Eles são exímios jogadores de video game, internautas assíduos, mas não conseguem realizar operações matemáticas básicas sem o uso de uma calculadora, não possuem nenhuma capacidade para interpretar textos ou entender temas minimamente complexos. São os chamados analfabetos funcionais.

Estes  jovens se sentem com inteligência acima dos pais, responsáveis e professores – eles dominam as máquinas!

Eles somente respeitam quem os desafia e quem demonstra habilidades que eles consideram superior, caso contrário, desdenham e perdem totalmente o interesse em seu interlocutor – pais, professores, avôs, todos.

O perigo disto é que, de fato, eles não estão aptos a absorver o básico para desenvolver capacidades profissionais. Como ficarão estes homens e mulheres que recebem informações compactadas, que exige rapidez da mente, mas ao mesmo tempo atrofia a capacidade de pensar, de desafiar, de olhar ao redor.

Como serão estes profissionais que estão vivenciando esta nova família, estes novos hábitos, onde sequer os adultos que possuem a árdua missão de orientá-los conseguem se situar.